Por: Renata Ramos
Está no ar a edição de novembro do EAGORA, reunindo acontecimentos que reforçam o compromisso da EAUFBA com excelência acadêmica, preservação da memória, inovação tecnológica e vínculos culturais que atravessam a história do nosso estado. Novembro foi um mês marcado por conquistas importantes, visitas formativas, reconhecimento institucional e, sobretudo, pela celebração da nossa herança afro-brasileira em um momento decisivo para a preservação do patrimônio cultural do país.
A matéria em destaque desta edição relembra a força dos territórios tradicionais e a relevância de pesquisas comprometidas com a memória coletiva, especialmente quando ganham o reconhecimento nacional que merecem. Na última semana de novembro, o Palácio de Ogum Caboclo Sete Serra, Terreiro de Jarê da Chapada Diamantina, foi oficialmente tombado pelo IPHAN durante a 111ª reunião do Conselho Consultivo.
A decisão marca um avanço significativo na proteção de um dos espaços mais importantes do Jarê, religião tradicional da região das antigas Lavras Diamantinas. O tombamento só foi possível graças ao Dossiê Complementar produzido pelo Grupo de Pesquisa e Extensão Milonga da EAUFBA, coordenado pelos professores André Luis Nascimento e Maria Carolina de Souza. O estudo integra o Projeto Laboratório de Gestão Social do Patrimônio Afro-brasileiro, fruto de uma parceria entre a UFBA e o IPHAN com apoio do Ministério da Cultura. O parecer técnico apresentado destaca que o Terreiro transcende a dimensão material, reunindo práticas religiosas, memórias coletivas e tradições transmitidas entre gerações.
O documento reforça ainda a importância de Pedro de Laura, liderança responsável pela condução da casa, preservando rituais, cânticos e saberes que sustentam a tradição do Jarê em sua forma mais autêntica. O tombamento também considera os desafios atuais enfrentados pelos terreiros da região, incluindo transformações urbanas e disputas territoriais, sinalizando que a preservação do patrimônio deve atender não só ao edifício, mas ao conjunto de práticas que compõem o Jarê. Para a comunidade local, o reconhecimento institucionaliza uma herança que já era afirmada no cotidiano, consolidando o lugar do Terreiro como parte essencial da identidade cultural da Chapada Diamantina. Esta conquista ganha ainda mais relevância por ter contado com a presença da nossa diretoria da EAUFBA ao lado da Ministra da Cultura, Margareth Menezes, reafirmando o papel da universidade pública na proteção das expressões afro-indígenas brasileiras.
Foto: Victor Vec/ MinC
Seguindo com os destaques do mês, no dia 18 de novembro, a EAUFBA comemorou o resultado da avaliação institucional do Ministério da Educação, que concedeu nota máxima ao curso de Tecnologia em Gestão do Turismo e Desenvolvimento Sustentável EAD. A avaliação do MEC tem como objetivo medir a qualidade dos cursos e das instituições de ensino, funcionando como instrumento fundamental para elevar padrões acadêmicos e fortalecer a estrutura das universidades públicas. Além disso, impacta diretamente o repasse de verbas governamentais, o que reflete na qualidade dos serviços oferecidos à comunidade universitária.
Também em novembro, a Diretoria de Apoio Acadêmico e Pedagógico da EAUFBA deu início à criação do Programa de Desenvolvimento Profissional Acadêmico. A proposta, ainda em fase de desenvolvimento, busca oferecer aos estudantes cursos de qualificação, formação integrada e parcerias com o mercado de trabalho, baseando-se no perfil socioeconômico da comunidade estudantil e na identificação de competências que potencializem trajetórias profissionais.
Em um movimento de aproximação entre ensino e prática, estudantes das disciplinas de Informática I e Técnicas Secretariais II realizaram uma visita ao SENAI CIMATEC. Acompanhados pela professora Morjane Armstrong, os alunos vivenciaram um dos maiores centros de inovação e tecnologia do país, ampliando o olhar sobre processos organizacionais, economia criativa e o papel estratégico do profissional de Secretariado Executivo na administração contemporânea.
Ainda no campo da infraestrutura, a SUMAI concluiu a revitalização da área externa da EAUFBA. Foram realizadas poda, roçagem, reorganização dos canteiros e intervenções estruturais como nivelamento do solo e melhorias de drenagem e circulação. Durante o processo, o acesso ao espaço externo ficou temporariamente interditado por segurança, mas já está completamente liberado. A ação reafirma o compromisso da UFBA em manter ambientes adequados e acolhedores para a comunidade acadêmica.
Encerrando o mês com espírito de inovação, a EAUFBA conquistou o segundo lugar no Hackathon do Tribunal de Justiça da Bahia, uma maratona inédita voltada à criação de soluções tecnológicas para o Judiciário. A equipe Cora, formada por estudantes de Administração, Design e Engenharia de Software, apresentou o projeto Lexia, um sistema de inteligência artificial capaz de analisar processos e identificar precedentes qualificados com precisão e agilidade. O resultado destaca a potência interdisciplinar da nossa escola e reforça a vocação da EAUFBA para integrar tecnologia, impacto social e formação crítica.
Novembro reafirma o que a nossa comunidade vem construindo há muitos anos: uma universidade pública que se move, que pesquisa, que protege suas memórias e que transforma seus estudantes por meio do conhecimento e da vivência coletiva.
Seguimos atentos aos caminhos da educação, da cultura e da inovação para fortalecer, juntos, o futuro que escolhemos construir. E fique atento! Estamos preparando muitas novidades para que nosso jornal digital se torne cada dia maior e melhor, mas ei… sem spoiler né? 🙂
Até a próxima!
